O que é o Split Payment e como será aplicado no Brasil com a Reforma Tributária?

Como a sua empresa está se preparando para a Reforma Tributária? O projeto já começa a valer em 2026 e terá uma transação gradual até 2033.

Dentre as diversas novidades, como a criação da CBS, IBS, IVA e Imposto Seletivo, aparece o termo “Split Payment”, em português pagamento fracionado.

Essa expressão em inglês promete mudar profundamente a forma de tributação da sua empresa, e é sobre ela que falaremos agora.

Afinal, o que é o Split Payment? Quais países adotam este sistema? Continue conosco e tire todas as suas dúvidas!

  • O que é o Split Payment
  • Como vai funcionar?
  • Exemplo prático
  • Impactos para as empresas
  • Quando a Reforma Tributária entra em vigor?
  • Princípio da não cumulatividade
  • Como a sua empresa está se preparando com a Reforma Tributária?

 

O que é o Split Payment?

Split Payment faz parte da Reforma Tributária, PLP 68/2024, e será o modelo de pagamento no qual os tributos são recolhidos diretamente no momento da liquidação financeira entre comprador e fornecedor.

O montante pago pelo comprador é dividido entre o fornecedor e os entes federativos.

Quando um mercado vende um produto ao cliente, por exemplo, ele fica com o valor do tributo que a transação de compra gerou.

Com esse recurso, o mercado pode comprar outro produto para vender novamente em um eventual ciclo curto de transação, ou usar do recurso para outros interesses até o dia de pagar o imposto devido.

Deu para entender? Calma que logo você terá um exemplo prático!

 

Por que o Split Payment foi criado na Reforma Tributária?

De acordo com o Governo Federal, este modelo será aplicado para reduzir sonegação, inadimplência e fraudes, o que deve beneficiar diretamente os bons pagadores.

Dados compartilhados pelo Ministério do Planejamento revelam que a complexidade do sistema de impostos no Brasil resulta em uma sonegação de incríveis R$ 500 bilhões por ano!

O atual sistema tributário não atende aos princípios de simplicidade e transparência.

 

Como vai funcionar o Split Payment na Reforma Tributária?

Neste sistema, o montante pago pelo comprador é dividido entre o fornecedor e os entes federativos.

O IBS e CBS serão recolhidos pelo governo em cada etapa da cadeia de produção de forma automática. Estes dois tributos vão formar o IVA (Imposto sobe Valor Adicionado).

Com a nova sistemática, os créditos tributários passarão a ser ressarcidos em prazos que podem variar entre 60 e 180 dias após a realização da transação.

Essa dinâmica exige que as empresas revisem a sua gestão financeira para operar com maior controle sobre o caixa e evitar situações de descompasso financeiro.

 

Exemplo prático de Split Payment com a Reforma Tributária

Imagine uma empresa varejista que realiza compras no valor de R$ 1.000.000,00, com um prazo de pagamento de 180 dias e direito a um crédito de 18% de IBS sobre a aquisição.

Esta mesma empresa revende os produtos por R$ 1.500.000,00, com um prazo de recebimento muito mais curto, de 15 dias, mantendo também a alíquota de 18% de IBS sobre a operação de venda.

  • Direito a crédito – R$ 180.000,00
  • Dever de débito – R$ 270.000,00

Exemplo prático do Split Payment

Ficou com dúvida? Dê uma olhada nesta explicação abaixo!

Quais os impactos do Split Payment para as empresas?

Em tese, o Split Payment elimina a sonegação fiscal, mas exige maior disponibilidade de capital de giro das empresas. Separamos os impactos abaixo:

 

  • Modificação no fluxo de caixa: o pagamento imediato dos impostos vai diminuir os valores de entradas no fluxo de caixa do seu negócio, especialmente no curto prazo.

 

  • Aumento dos custos operacionais: a adaptação à Reforma Tributária, aos sistemas de fluxo de caixa e adequação aos novos processos pode gerar novos custos ao seu negócio.

 

  • Necessidade da renegociação de contratos: empresas podem precisar ajustar contratos com fornecedores e clientes para ajustar os prazos de pagamento.

 

  • Impacto na competitividade: empresas que não se adaptarem rapidamente às novas regras e realizarem as ações acima, podem perder competitividade no mercado diante da necessidade de aumentar preços.

 

Você pode entender os impactos deste novo sistema com a explicação do nosso CEO, Sergio Cazela. Aperte o play e confira os detalhes.

 

Quando a Reforma Tributária entra em vigor?

A reforma tributária prevê uma transição gradual que começa em 2026 e termina em 2033. Você pode ver todas as informações sobre este projeto CLICANDO AQUI.

Ah, veja também o nosso vídeo completo onde respondemos as principais dúvidas sobre a reforma tributária e como isso afeta o seu negócio!

 

Quando entra em vigor o Split Payment?

O Split Payment começa em janeiro de 2027. Governo e empresas de pagamento definiram que tanto o uso como a oferta da tecnologia serão opcionais e aplicados somente em operações entre duas empresas (B2B) ou em caso de transações com pessoas físicas que façam atividade econômica, como profissionais liberais.

 

Quais países adotam o Split Payment?

Diversos países como Itália, Polônia, Bulgária e Romênia implementaram o Split Payment para combater fraudes e sonegações. Além deste sistema, 174 nações adotam o IVA Dual, que será o modelo tributário padrão com a Reforma Tributária.

 

O princípio da não cumulatividade na Reforma Tributária

A não cumulatividade é uma das principais novidades da reforma tributária. Ela evita a oneração excessiva da cadeia de produção, como é hoje em dia.

Ela permite que os impostos pagos em cada etapa da produção sejam compensados nas etapas seguintes.

Imagine que a sua empresa pague imposto sobre os insumos que compra para produzir determinado produto.

Ela pode deduzir esse valor do imposto devido quando vender a mercadoria final.


Como a sua empresa está se preparando com a Reforma Tributária?

O planejamento tributário lícito e econômico será essencial durante este período de testes da reforma. Isso porque até 2033 as empresas terão que se adaptar a dois sistemas ao mesmo tempo!

A ideia é regredir o percentual dos tributos que existem atualmente, enquanto aumenta a porcentagem dos novos impostos.

Serão novas alíquotas, formas de apuração (por dentro e por fora), destino de arrecadação…

Todos deverão repensar suas estratégias para o enquadramento das suas atividades nas reduções de alíquotas e regimes diferenciados previstos neste novo modelo.

Somos especialistas em planejamento tributário e recuperação de créditos. Conte conosco para o seu negócio se adequar com a Reforma Tributária!

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