Nos últimos dias, fomos impactados por notícias sobre o tarifaço do Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Esse é um assunto que pode assustar, acima de tudo, os empresários brasileiros. E, em meio a tantas informações, fica difícil compreender, ao certo, no que isso nos afeta, não é mesmo?
Nesse artigo, vamos lhe explicar sobre o que é essa tarifa, o que muda para as empresas no Brasil e quais os produtos mais impactados.
Fique conosco nesse artigo e saiba mais.
O que é o tarifaço do Trump?
Donald Trump enviou, no dia 09 de julho, uma carta anunciando o tarifaço de 50%. Segundo o documento, os EUA aplicarão a medida sobre todas e quaisquer exportações brasileiras que receberem.
A tarifa será imposta de forma automática, sem distinção entre setores ou mercadorias, a partir do dia 6 de agosto.
Outros 23 países também foram taxados, mas o Brasil ficou com a maior taxa, que antes era de 10%.
Essa decisão aumenta o custo dos produtos brasileiros no território norte-americano e pode causar efeitos negativos na balança comercial, no emprego industrial e na inflação.
Qual o motivo da taxação?
O tarifaço é justificado com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, que permite ao presidente dos Estados Unidos adotar sanções contra países considerados “injustos” nas práticas comerciais.
Simultaneamente, foi aberta uma investigação formal contra o Brasil por supostas distorções no comércio bilateral.
O que muda para as empresas no Brasil?
O anúncio do tarifaço do Trump acendeu um alerta para os pequenos negócios do Brasil, principalmente em São Paulo, onde a concentração de indústrias é maior.
Segundo a Câmara do Comércio, a tarifa afeta quase 10 mil empresas brasileiras que exportam para o governo norte-americano. Essas empresas empregam 3,2 milhões de pessoas.
Essa medida pode inviabilizar contratos, reduzir lucros e exigir revisões estratégicas nos planos de exportação.
Se a sua empresa atua com produtos impactados, então deve considerar:
- Revisão de preços;
- Reavaliação de investimentos;
- Renegociação de contratos;
- Atualização de análises de risco cambial e fiscal;
- Diversificação dos mercados-alvo;
- Planejamento tributário com foco em compensação ou regimes especiais.
Isso vai exigir dos empresários agilidade para avaliar o impacto dessas mudanças e estudar a melhor estratégia para seguir em frente.
Além disso, Pequenas e Médias Empresas que atuam em nichos como o de alimentos artesanais e redes de compras industriais, já estão revendo estratégias e enfrentando incertezas, de acordo com a CNN Brasil.
Isso acontece porque esses negócios dependem de insumos importados ou mantinham planos de expansão para o mercado norte-americano.
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Produtos mais impactados pelo tarifaço
A medida tem impacto direto nos setores de petróleo, ferro, aço e de alimentação. Juntos, esses segmentos correspondem por 38% de tudo o que exportamos para os americanos.
A tarifa também afetará alimentos que estão diariamente na sua mesa, como:
- café;
- carne;
- frutas;
- têxteis;
- calçados;
- móveis.
Quais os produtos isentos?
O decreto assinado nesta quarta-feira (30) pelo presidente Trump trouxe uma lista de 700 exceções que beneficiam segmentos estratégicos como o aeronáutico, o energético e parte do agronegócio.
Alguns dos principais produtos que escaparam da tarifa são:
- Aeronáutico: a isenção cobre desde aeronaves completas até peças, motores, subconjuntos e até simuladores de voo.
- Automotivo: veículos como sedans, SUVs, minivans e vans de carga, além de caminhões leves e suas respectivas peças e componentes.
- Energia e derivados: diversos produtos energéticos ficaram isentos, incluindo carvão, gás natural, petróleo e derivados como querosene, óleos lubrificantes, parafina, coque de petróleo, betume, misturas betuminosas e até energia elétrica.
- Agronegócio (parcialmente): suco e polpa de laranja, castanha-do-brasil, mica bruta, madeira tropical serrada ou lascada, polpa de madeira e fios de sisal. Fertilizantes utilizados na agricultura brasileira também foram isentos.
- Mineração e metais: silício, ferro-gusa, alumina, estanho (em diversas formas), ouro, prata, ferroníquel, ferronióbio e produtos ferrosos obtidos por redução direta de minério de ferro.
- Eletrônicos: smartphones, antenas, aparelhos de gravação e reprodução de som e vídeo.
Quais as medidas tomadas para reduzir o efeito?
Caso afete sua empresa, fique atento! Governadores têm adotado medidas para analisar e aliviar os efeitos do tarifaço, e assim, ajudar empresas de seus estados que exportam para os Estados Unidos.
Em São Paulo, por exemplo, o empresário terá uma linha de crédito com juros subsidiados para empresas exportadoras paulistas.
A linha Giro Exportador vai disponibilizar R$ 200 milhões em crédito com juros subsidiados. O governo oferece condições especiais, como taxa de juros baixa e prazo para pagamento de até 60 meses.
Alguns requisitos são necessários para aderir, como:
- ter sede em São Paulo;
- faturamento anual mínimo de R$ 81 mil reais;
- e ter enviado ao menos 25% das exportações dos últimos 12 a 24 meses para os Estados Unidos.
Atendendo às exigências, basta clicar aqui e solicitar o seu financiamos no site da Desenvolve SP.
Se não for de São Paulo, se informe sobre as medidas que o governo do seu estado tomará.
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